- A rotina lhe matará!
Gritou o homem ao microfone, e logo após mais alguns pensamentos, encerrou a palestra
enfatizando alguns outros conselhos rápidos. Não achei a frase tão impactante como das
outras vezes. Permaneci sentado tempo o suficiente para vê-lo descer do palco,
olhar o relógio e trocar palavras com alguns ouvintes mais entusiasmados, que
se aproximavam para... quem sabe tirar algumas dúvidas...
Ironicamente era a
terceira vez que ouvia esta mesma frase vindo dele. Não que ele não pudesse, só achei menos impactante. Mais uma vez percebi o seu "ritual" de conferir o
relógio, ligar o celular e acenar longamente enquanto caminhava em direção a
porta. Todas essas coisas soaram para mim como um “dejavu”.
Isso não faz as palavras dele menos certas, afinal são
“constatações bastante pertinentes”, (ele usou tais palavras, gostei delas,
decidi começar a usar.) A rotina vai mesmo acabar com a nossa vida; mas não é
esse o real problema, até porque todo mundo precisa de uma rotina.
O problema com a
rotina, é que ela é definida pela sucessão de atos que fazemos... Bem, nem todos esses
atos são ruins, afinal se você decide quebrar a rotina uma vez por semana (ou
por mês), logo isso fará parte da rotina.
Consegue imaginar a cena de alguém cheio de tarefas e
obrigações, consultando sua agenda para ter certeza do que fazer, já que sua
mente já está superlotada e cansada, lá está marcado
– Quinta Feira, 17:00,
SAIR DA ROTINA, FAZER ALGO ESPONTANEO!!!
(Me pareceu bem engraçado.)
A rotina, como eu dizia antes, não é real problema, e sim
como lidamos com ela, pois se dermos a ela atenção, ela nem faz sentido. Quer
ver? Quantas vezes eu já repeti “Rotina” até agora? Sabe quando você repete uma
palavra tantas vezes que ela perde o sentido? Bem espero que tenha funcionado,
(caso contrário, eu só cometi alguns erros feios de redação a toa).
Depois da palestra, todos foram dispensados, era tarde de
sexta, alguns colegas decidiram matar o tempo extra comendo alguma coisa num
lugar próximo. Rimos bastante lembrando de alguns “micos” que os novatos
passaram durante a palestra.
Nunca vou entender algumas coisas:
1 – Como você não
lembra do próprio toque de telefone?
2 – Como você não coloca seu telefone no silencioso quando o
seu toque é uma música de uma banda de forró chamada “Calcinha Preta”?
3 – Porque essa banda? e nem me obrigue a falar daquela música...
De um modo geral foi um fim de tarde bastante divertido, quando
cheguei em casa, ainda ri bastante relembrando a história enquanto contava para
minha namorada, (Ela se sentiu um pouco mal pela pobre pessoa, mas ainda riu um
pouco e logo me contou sobre o seu dia.)
É algo realmente bom fazer coisas desse tipo, ouso dizer que
a palestra realmente serviu ao seu propósito. E apesar de agendada no
calendário, foi uma quebra da rotina bastante espontânea, e saudável.
Com
sorte, talvez essa rotina não vá me matar...
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seja critico, sem receio, exerça seu direito como leitor.
Dê sua contribuição, por favor!